São Bento do Sapucaí

Ainda na missão de curtir bons momentos em família sem descuidar dos protocolos de segurança para a Covid resolvemos seguir a indicação da tia Mari e passar uns dias em São Bento do Sapucaí, um distrito de São José dos Campos que fica a cerca de 220 km de São Paulo e é famoso pela Pedra do Baú.

Nossa hospedagem foi no Chalés Lago do Baú que fica bem no alto da montanha e tem uma vista deslumbrante da famosa pedra. Só a hospedagem já vale o passeio, conto tudo sobre ela aqui.

Dia 1

Começamos o sábado com um café incrível, torrado e moído na propriedade e com a melhor broa de fubá que eu já provei, além de outras delícias feitas lá mesmo na pousada.
Bem alimentados partimos para o primeiro passeio do roteiro, a subida na Pedra Ana Chata, que pertence ao complexo do Baú e fica a 1670 metros de altitude. Li em vários lugares que a trilha é tranquila para ser feita com crianças. O acesso precisa ser agendado com antecedência pelo site. A trilha começa no estacionamento do Chico Bento e mesmo munidos de muita água, protetor solar e lanchinhos leves o tempo aberto tornou os 2,5 km de subida um pouco mais difíceis, nada que prejudicasse o passeio.
Depois de 1h30 de caminhada chegamos ao ponto mais radical da trilha, que é a passagem por uma fenda entre as pedras, rolou um medinho nas crianças mas foi tranquilo e no fim eles gostaram. Saindo da "caverna" a vista já é linda, para chegar ao topo da pedra é necessário subir alguns degraus na pedra, nesse ponto a coisa encrencou... As crianças ficaram com muito medo da altura em que estávamos e se recusaram a subir na pedra! Poxa, chegamos até lá para desisitir, confesso que rolou uma frustração. Sou da opinião de que os medos devem ser superados mas acima de tudo RESPEITADOS. Depois de uma conversa rápida sobre o assunto decidimos que apenas eu iria subir até o topo da pedra e que as crianças e o papai ficariam me esperando lá embaixo enquanto recarregavam as energias para a descida da volta.
Subi e valeu muito a pena! A Pedra do Baú vista pelo alto da Ana Chata é maravilhosa e de lá também é possível avistar todo o Vale do Paraíba. Lá em cima encontrei com várias crianças e me dei conta de que deveria ter contratado um guia, não pela trilha que é super tranquila, mas nessa parte do passeio os guias oferecem equipamentos de segurança às crianças e talvez assim os meus filhotes se sentissem mais seguros para a subida, fica a dica. Fiz algumas fotinhos lá no alto e desci, afinal, não queria deixar os três muito tempo esperando lá embaixo.
A volta foi bem gostosa, para descer todo santo ajuda, a ansiedade para o topo era menor e pudemos contemplar com mais calma a paisagem que é deslumbrante!
Finalizamos a trilha exaustos e morrendo de fome! Como a mamãe aqui não descuida da segurança fomos em busca de um local onde pudéssemos almoçar ao ar livre e com um bom distanciamento social. O Parada da Zena Park foi um achado! O local é um encanto, com várias mesas do lado de fora e um atendimento primoroso! Pedimos um filé de frango a parmegiana que serviu muito bem para a nossa fome uma caipirinha de frutas vermelhas que nem precisou de açúcar de tão doce que estavam as frutas.

De volta a pousada o Vicente nos proporcionou um passeio pelo seu pomar, que é uma experiência a parte. As crianças puderam provar direto do pé amoras gigantes, tomate francês (que mais parece um caqui, de tão doce), abacaxis, mexiricas e maçãs. Encerramos o dia com um m um lindo pôr do sol nas montanhas.

Dia 2

Depois de um café da manhã com uma vista maravilhosa para a Pedra do Baú (que vou subir em uma outra ocasião sem os filhotes) seguimos para a cachoeira do Toldi. O acesso até lá é bem tranquilo e dá para estacionar na beira da Rodovia Benedito Gomes de Souza. A trilha com mais ou menos 700 m é bem fácil mas com uma dose de aventura. As crianças adoraram!A cachoeira é linda e tem uma queda de 200m, paramos em três pontos diferentes, é possível nadar nos poços mas como a água estava muuuito gelada ficamos só nas fotos.
No topo existe um mirante de madeira em condições bem precárias.
Nos despedimos da pousada, não sem antes uma última passada no pomar e seguimos rumo a pedra do Bauzinho, segundo pesquisamos dá pra ir de carro até bem perto do topo e não é necessário agendamento. No meio do caminho começou a chover forte e tivemos que deixar o passeio de lado, uma boa desculpa para voltarmos a São Bento do Sapucaí.

Fizemos uma parada em uma das capelas de mosaico da cidade e partimos para Santo Antônio do Pinhal para almoçar em um restaurante bem recomendado por algumas pessoas, com mesinhas ao ar livre ao lado de um lago de trutas, com um parquinho bonitinho, mas decepcionante na comida, que veio gelada!

De lá voltamos revigorados para a nossa casinha, esperando que essa pandemia tenha logo um fim para que possamos voltar a aproveitar os nossos passeios de uma maneira menos preocupada.

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